Pensar em internet, sistemas, programas de informação e não pensar em tecnologias parece completamente impossível, todos nós somos unânimes em perceber a importância desse fenômeno em nossas vidas, seja no trabalho, em casa, no lazer, nas instituições educacionais, no nosso consumo, nas transações financeiras, a tecnologia é extensão de nossas ações e reações.
Entretanto há muita desconfiança e resistência, as pessoas associam a idéia de tecnologia a imagens do filme Tempos Modernos de Charles Chaplin ou, quando muito, pensam em uma população de robôs realizando gestos repetitivos.
De fato, ainda presas à idéia das tecnologias mecânicas, confundem tecnologia com apertar de parafusos e consideram as máquinas como realidades separadas e estranhas à condição do humano.
Com o advento da tecnologia e o avanço das redes comunicação nas últimas décadas, nos coloca hoje em uma situação muito diferente do inicio da era digital.
Já podemos criar uma rota, não necessariamente, linear, para definir etapas que definem o uso de tecnologias da inteligência tanto na nossa vida pessoal quanto na vida empresarial, ela está em toda parte:
Primeiramente, quando falamos em tecnologias da inteligência pensamos no fluxo informacional, ou seja, são as fontes da informação: são nos dados cadastrais, nos dados secundários, nas pesquisas, nos dados transacionais e nas ocorrências dos sistemas de atendimento.
Uma vez, com os dados em mãos, vamos à próxima fase. A fase das interfaces de fluxos ou também conhecidos de sistemas de gestão.
Podemos citar os sistemas de gestão de dados, os ERPS (sistemas de gestão empresarial), os database marketing/CRM, os dataminings e modelos estatísticos, as praticas de e-commerce, as plataformas de emarketplaces, e por fim os sistemas de georeferenciamento.
A fase seguir é uma fase que está no campo das representações, da cognição, da interação mais explicita: classificamos como a fase das métricas, dos indicadores, suportados pelo campo da comunicação: a semiótica e pelo uso da hipermídia. Não que nas fases anteriores não tenha o campo da comunicação, mas não é perceptível para nos facilmente.
Fechando o ciclo das tecnologias da inteligência, temos a explosão extraordinária das interfaces colaborativas, que alimentam e levam a uma inteligência coletiva. Temos aí o ciberespaço como pilar liquido, dessas interações, por meio da navegação em web sites, portais, wikis, fóruns, hipermapas, blogs, games, plataformas de elearning, e por fim as comunidades virtuais. Surgindo aí um novo fenômeno social, a cibercultura.
Pierre Levy responde essa questão, definindo inteligência coletiva como: “É uma inteligência distribuída por toda parte, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências.”
As interfaces que essas tecnologias apresentam são interfaces de linguagem. Elas falam conosco e não estão isoladas, mas nos conectam nas redes de troca de informações, sem começo nem fim.
O mundo está em mutação, já não se fala mais em era da informação, mas sim da pós-informação, não se fala em cultura, mas em cibercultura, não se fala em sociedade digitalizada, mas sim em ciberespaço. É isso, sejam bem vindas: Tecnologias da Inteligência.